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domingo, 29 de abril de 2012

Domingo, dia do Senhor

Domingo, dia do Senhor. A Cristandade (o que sobrou dela) pára em sua rotina de trabalho capitalista para recordar a glória da Criação e o Amor sem limites do Senhor, que nos deu seu Filho muito amado para ser nosso irmão. Ressurgindo dos mortos no domingo, ele abre-nos as portas do céu, muda para sempre a condição humana e transforma o domingo nessa maravilha que temos hoje.

Hoje meu domingo foi, sem dúvida alguma, maravilhoso. Não tenho como reclamar do domingo. Nem mesmo a derrota do Vascão da Gama pro Botafogo na final da Taça Rio me deixou de mau-humor. Aliás, parabéns ao Botafogo, time muito bem treinado. Fiquei positivamente impressionado.

 Já no lado Vasco, Meu Deus! Aquele Cristovão Borges, sei não...Aliás, eu sei! Sei que ele nunca serviu nem nunca servirá para o Vasco, mas não vamos perder nosso tempo falando de futebol aqui, já basta o tempo que perdemos em outros ambientes.

O post do dia de hoje é, antes de mais nada, uma ode à felicidade à satisfação, e ao Deus que nos proporciona essa experiência maravilhosa que é a vida. Nossa, como é bom estar vivo! Quer dizer, nunca estive morto, por assim dizer, para saber como é, mas cara, estar vivo é em si uma coisa que me deixa boquiabertamente impressionado, grato. Quando meu intelecto é subitamente inundado pela consciência de minha própria existência enquanto ser vivo, movente, pensante e amante, nossa...eu piro.

Hoje e ontem, pude sentir de novo a alegria que é estar engajado na causa do Senhor. Não que isso não seja sempre uma honra e uma alegria. Mas às vezes, como todos podemos perceber em nossas vidas, as coisas boas acabam extrapolando, tornando-se, assim, mais que boas, mais que ótimas: perfeitas. Hoje foi perfeito.

Reconheço que não há muito conteúdo nesse post, apenas experiência, apenas emoção, sensação. Não é esse meu estilo, como são sabedores os que me conhecem. Mas hoje, sei lá, parece que não há nada a ser explicado, sabe? Simplesmente a ser dito. Simplesmente algo que extrapola o seu coração, algo que clama para ser dito, para ser espalhado, como uma chama que cai em material combustível e se espalha com escândalo.

Hoje, pude ver como é bom estar com os amigos, reunidos em oração. Como é bom um churrasco, uma bola jogada em santidade. Uma conversa sem futilidade, sem malícia, sem brincadeiras de mau-gosto. Quase uma utopia virando realidade ali, e você fazendo parte daquilo, é algo que não tem preço. Só faltava o próprio Jean Rousseau se materializar ali e começar a sorrir com a gente, ou um Charles Montesquieu, um Theilard de Chardin, entre outros, e começarem a sorrir e conversar com a gente, pra completar o paraíso na terra.

Hoje, pude experimentar de novo a beleza de ser cristão, de sonhar com um mundo melhor, com um céu perfeito onde Deus é tudo em todos, e aqui mesmo, nesta vida, poder trabalhar e sentir as coisas nesse sentido. Na confiança que os outros nos depositam, nas palavras de conforto trocadas entre os irmãos, na solidariedade reinante no ambiente. Como, Senhor, como não se encantar e apaixonar pela Tua causa, se ela é simplesmente tão maravilhosa? Com efeito, milhões de homens irão procurar o que temos, irão desejar sentir o que sentimos, e não obterão êxito! Mas a nós, a nós é dado conhecer desde aqui as maravilhas do céu!

Irmão, estou escrevendo porque quero compartilhar da minha felicidade com você nesse dia. Partilhar deste sentimento maravilhoso que me preenche e me aquece o coração, me enche de paz, afasta o vazio, vence a tristeza, aparta a solidão. Como poderia dividir contigo  que sinto agora, fazer-te meu companheiro nessa alegria! Como poderia olhar nos teus olhos e ver neles a mesma maravilha que o Dono de todas as coisas me proporcionou no dia de hoje!

Obrigado, Senhor, por tudo o que fizeste a mim e a meus irmãos no dia de hoje! Quisera eu, e sei que assim queres também Tu, que toda a humanidade sinta a maravilha que é estar contigo, descansando em Teus braços, sorvendo de tua sabedoria! Ilumina, Senhor, os caminhos da humanidade! Perdoa nossa burrice, nossa presunção, nosso orgulho e nosso comodismo. Acolhe-nos, Mestre dos Mestres, nas mansões de Tua Sabedoria, na Eternidade de tua Misericórdia, na Alegria sem fim do teu Amor!

Não estou pregando, irmão. Quem sou eu para querer convencer-te? Apenas um homem como tu, cheio de defeitos, misérias, sujeira, podridões, mesmo! E mesmo assim, olha o que Ele faz comigo! Imagina o que não poderá fazer por ti, se para Ele te voltares? Com efeito, será assim tão repelente a ideia de poder sentir-te tal qual sinto-me agora?

Com efeito, só uma coisa digo. Nunca, jamais, em nenhum outro lugar, encontrei quem me fizesse mais feliz do que o Senhor. Nunca enjoa, nunca faz mal, nunca decepciona. Nunca dá apenas metade, nunca deixa faltar um único espaço vazio, mas tudo preenche. Quem pode, dentre os homens, dizer que uma única vez em sua vida, pelo menos, já esteve pleno?

Domingo, Dia do Senhor.

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